Comitê da UFC de Enfrentamento do Coronavírus desenvolve ações de combate e prevenção à covid-19
Data da publicação: 20 de maio de 2021 Categoria: NotíciasNo dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a covid-19 como pandemia. Apenas dois dias depois desse anúncio, a Universidade Federal do Ceará instalou oficialmente o Comitê da UFC de Enfrentamento do Coronavírus. Em pouco mais de um ano de existência, o grupo desenvolveu diversas ações para prevenção e combate à doença no âmbito institucional.
Conforme o vice-reitor da UFC e presidente do comitê, prof. Glauco Lobo Filho, a criação do grupo foi uma das primeiras ações de enfrentamento à pandemia na universidade. “O comitê surgiu com a finalidade de discutir todos os problemas da universidade de forma bem abrangente no sentido de orientar e fazer sugestões à administração superior em relação ao enfrentamento dessa doença”, destaca.
Além de observar o cenário da pandemia no estado e, a partir disso, traçar planos e recomendações para as ações da universidade, o comitê tem dado atenção especial aos alunos que moram nas residências universitárias. A pró-reitora de Assuntos Estudantis e integrante do comitê, profª Geovana Cartaxo, observa que o grupo discute as iniciativas a serem desenvolvidas de acordo com a evolução da pandemia.
As primeiras ações, segundo ela, foram de planejamento e sensibilização da comunidade para a importância do distanciamento social e dos cuidados sanitários, como a limpeza das mãos com água e sabão ou álcool em gel e o uso de máscaras. “Nós reunimos todos os diretores das residências com os médicos da UFC, orientamos, demos álcool em gel, fizemos cartazes informativos sobre a pandemia. Reservamos até mesmo uma casa, que seria para quarentena, caso algum aluno adoecesse”, enumera, observando que o imóvel reservado para isolamento já voltou ao seu funcionamento regular.
O Comitê de Enfrentamento do Coronavírus, junto com a Prae, contribuiu ainda com a criação de um auxílio-deslocamento para 178 alunos que optaram por retornar para suas cidades de origem no início da pandemia, além de testagens em massa e acompanhamento médico remoto de estudantes residentes. “Elaboramos um fluxo de monitoramento intenso e ininterrupto de atenção à saúde desses alunos”, reforça a profª Geovana.
Em articulação com o Hospital São José, ainda no ano passado, por exemplo, o comitê conseguiu testes rápidos para os residentes que quisessem ser testados. Neste ano, em uma ação com o Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen), foram realizados 79 testes do tipo RT-PCR.
Em uma outra articulação, desta vez com a Coordenadoria de Perícia e Assistência ao Servidor (CPASE) da UFC, foi disponibilizado um serviço de consultas médicas on-line para os residentes que necessitassem. “Foi criado todo um fluxo interinstitucional [como disponibilização de oxímetros pela Reitoria, atendimento médico e transporte para realização de exames] para dar suporte aos estudantes. Toda essa articulação é pensada nas reuniões do comitê”, aponta a pró-reitora.
OUTRAS AÇÕES – A testagem também abrangeu demais integrantes da comunidade acadêmica da UFC. De acordo com o prof. Glauco Lobo Filho, foram aplicados mais de 10 mil testes rápidos em estudantes, servidores docentes e técnico-administrativos, bem como em profissionais terceirizados dos campi da UFC na capital e no interior. “Quando você faz uma [ação de] testagem rápida, do ponto de vista epidemiológico, você [conseguir testar] testar 20% [da comunidade] é uma coisa muito grande”, explica o vice-reitor Glauco Lobo Filho, docente da Faculdade de Medicina.
O reconhecimento de pesquisadores da universidade que se dedicam ao estudo da covid-19 também foi destaque nas ações do grupo. Por meio da Coordenadoria de Comunicação e Marketing da UFC (UFC Informa), o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus realizou um projeto de divulgação científica com reportagens sobre pesquisas relacionadas ao coronavírus.
A ação, segundo a coordenadora da UFC Informa, profª Cláudia Buhamra, teve o objetivo de mostrar a produção científica da universidade publicada em revistas internacionais de alto nível acadêmico, utilizando uma linguagem acessível e em português, para que a informação chegasse ao máximo de pessoas. “É comum que produções acadêmicas sejam lidas apenas por acadêmicos. Entretanto, tudo o que fazemos com recursos públicos é para benefício social e à sociedade devemos dar o pleno conhecimento de tudo o que produzimos”, afirma.
Na iniciativa, que marcou também o relançamento da Agência UFC, foram produzidas 10 reportagens sobre pesquisas realizadas sobre coronavírus. As produções foram publicadas durante o mês de março no site da Agência em formato de texto e entrevistas em vídeo com os pesquisadores envolvidos.
As ações do comitê também envolveram recomendações referentes à suspensão (e autorização) de atividades acadêmicas presenciais, bem como orientações para procedimentos especiais de proteção aos alunos dos grupos de risco.
O presidente do comitê, prof. Glauco Lobo Filho, lembra que todas as ações planejadas seguem as orientações de biossegurança estabelecidas pelas autoridades competentes. Segundo ele, o grupo aguarda as definições do Governo do Estado a respeito da retomada das atividades presenciais para propor novas estratégias. “Evidentemente que a partir desse momento o comitê vai ter que se reprogramar. Nós já temos agendadas algumas reuniões para discutir isso e fazer algumas sugestões cabíveis para a administração superior. Surgirão algumas ideias, sugestões que eventualmente vamos concretizar”, aponta.
Fonte: prof. Glauco Lobo Filho, vice-reitor da UFC e presidente do Comitê da UFC de Enfrentamento do Coronavírus – e-mail: vreitor@ufc.br