Pesquisa do Labomar aborda comércio ilegal de espécies usadas no aquarismo
Data da publicação: 4 de setembro de 2017 Categoria: Notícias
O trabalho, desenvolvido em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios), aborda o comércio de espécies aquáticas no Ceará através do serviço postal de encomendas.

Assim, foi possível descobrir as principais origens e destinos das mercadorias e identificar os organismos transportados de maneira irregular: peixes, moluscos, crustáceos, equinodermos (estrelas-do-mar e pepino-do-mar), cnidários (corais e anêmonas) e plantas aquáticas.
Foram encontradas espécies exóticas e algumas que estão incluídas na Lista Brasileira de Espécies Ameaçadas. Das espécies apreendidas, 18 são nativas do Brasil e somente 12 ocorrem naturalmente no Estado do Ceará.
Segundo o coordenador da Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais, Prof. Marcelo de Oliveira Soares, o estudo teve como objetivo auxiliar as políticas ambientais de conservação através da indicação de práticas para a detecção da atividade ilegal.
“Os resultados da pesquisa provocam preocupações sobre potenciais invasões biológicas e sobre o comércio ilegal da biodiversidade aquática, exigindo mais controle por parte das autoridades brasileiras. A realização de apreensões é uma ação importante e parece mitigar o transporte ilícito de espécies até certo ponto. A pesquisa produzida sugere medidas a serem adotadas para melhorar a atuação do Ibama e dos Correios e aponta para a necessidade de leis mais rígidas para o combate a essa prática”, afirma.
O artigo completo pode ser acessado pela revista Marine and Freshwater Research (www.publish.csiro.au/mf/MF162 57).
Fonte: Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais – fone: 85 3366 7005