UFC divulga resultados das pesquisas sobre a situação da comunidade universitária na pandemia
Data da publicação: 3 de junho de 2020 Categoria: NotíciasOs desafios e as possibilidades que estudantes, servidores docentes e técnico-administrativos da Universidade Federal do Ceará têm encontrado na nova rotina gerada pela pandemia da COVID-19 encontram-se mapeados. Por meio de pesquisas realizadas ao longo do mês de maio, a UFC gerou dados que irão nortear a busca de estratégias mais acertadas para dar continuidade às suas ações diante deste momento complexo, de forma a reduzir os impactos para os integrantes da comunidade universitária.
Os questionários, disponibilizados via Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA/UFC), foram respondidos por 10.069 estudantes, 2.206 docentes e 328 técnicos-administrativos da instituição. Os resultados trazem dados sobre a realidade de acesso à internet, a habilidade com ferramentas digitais, as estratégias que vêm sendo tomadas para a realização de atividades remotas e as condições de saúde das pessoas que integram a UFC. Os programas de pós-graduação da UFC também responderam a um levantamento, realizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, durante o mês de maio, sobre as suas atividades de pesquisa no contexto da pandemia.
“A universidade está adotando várias medidas para a realização de práticas remotas e também para o acolhimento dos servidores e estudantes quando o período de retorno às atividades presenciais chegar”, informa o reitor da UFC, prof. Cândido Albuquerque, ao destacar a importância da pesquisa na definição das medidas a curto e médio prazos a serem tomadas pela administração superior.
DADOS DOS ESTUDANTES – A maioria dos estudantes da UFC têm encontrado meios de acesso à internet durante o período de isolamento social. O questionário mostra que apenas 1% dos respondentes não tem, atualmente, acesso à rede mundial de computadores. Mas as condições de acesso são bastante variáveis. Antes da pandemia, 22% tinham como principal forma de conexão à internet a universidade e, hoje, um total de 13% só utiliza a rede por meio de pacote de dados 3G e 4G.
Dos respondentes, 6% dizem não ter acesso a conexão de banda larga, e outros 3% só conseguem acesso com velocidade inferior a 1 Mbps. Em casa, 69% dos alunos que responderam dispõem de notebook ou computador com internet, sejam eles pessoais ou compartilhados. Outros 23% só usam a rede por meio de celulares ou tablets pessoais, e 5% compartilham estes últimos dispositivos com outros integrantes da família.
Diante desse cenário plural, a administração superior da universidade iniciou mecanismos para garantir um acesso mais democrático à internet. Para a parcela de estudantes que não tem qualquer meio disponível de acesso à rede na atual conjuntura, a universidade também já tem ações programadas. “Para esse público, a UFC está providenciando um auxílio emergencial com pacotes de dados, que permitirão a participação nas ações on-line”, garante o reitor Cândido Albuquerque.
Ele ainda explica que no momento em que as atividades presenciais voltarem a ser viáveis, haverá uma melhor infraestrutura de acesso para a comunidade. “Com os recursos financeiros extras obtidos pela universidade, haverá a distribuição de computadores em várias unidades, como as residências universitárias e bibliotecas, aumentando as opções de uso de ferramentas tecnológicas na instituição”, acrescenta o reitor.
CORPO DOCENTE – O levantamento feito com o corpo docente ativo na instituição revelou que 95% dos professores consideram satisfatórias suas habilidades no mundo digital, considerando o universo de respondentes. Deste grupo, 42% deram continuidade ao conteúdo das disciplinas, adaptando-as ao formato digital.
A maioria dos professores (60%) é usuária frequente do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA/UFC), conforme a pesquisa. A plataforma, inclusive, é o principal recurso utilizado por eles para manter as interações com as turmas de alunos. Outros recursos que vêm sendo bastante utilizados neste período de quarentena pelos docentes são o e-mail, ferramentas para realização de reuniões virtuais como Google Meet, Zoom e salas de webconferência da RNP, além de aplicativos em celular e tablet.
TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS – A alteração de rotina para o home office exigiu rápida adaptação dos servidores técnico-administrativos da UFC, já que 77% dos respondentes desse grupo nunca havia utilizado antes a metodologia do trabalho remoto. Hoje, o WhatsApp tornou-se o maior aliado na realização das atividades, sendo utilizado por 77% dos servidores desse grupo em suas rotinas laborais. O Google Meet também tem sido uma alternativa para 16% deles.
Apesar de tantas mudanças, um percentual de 66% dos técnicos administrativos considera satisfatória a sua qualidade de vida neste período de pandemia; outros 23% se posicionam de forma neutra a essa questão. Um total de 76% também afirmou considerar satisfatórias as políticas de enfrentamento à COVID-19 empreendidas pela UFC.
“Os docentes e técnicos também estão recebendo ações formativas para o uso das novas tecnologias digitais de informação e comunicação”, reforça o reitor Cândido Albuquerque, destacando medidas de integração e atualização ao mundo digital que vem sendo apresentadas aos servidores, diante das novas necessidades que surgiram para o trabalho com o cenário de pandemia.
SAÚDE DA COMUNIDADE – A garantia da saúde física e psicológica da comunidade universitária é uma das grandes preocupações da administração superior da UFC e também pautará quaisquer medidas futuras a serem aplicadas neste momento de crise sanitária. Os questionários respondidos pela comunidade mostram que 43% dos respondentes do grupo de docentes apresentam ao menos algum tipo de comorbidade (como doenças cardiovasculares, renais, respiratórias ou autoimunes, diabetes, hipertensão, câncer, obesidade etc.), que podem agravar os sintomas do novo coronavírus. Entre os técnicos administrativos, essa taxa é ainda maior: 64%. Já entre os estudantes, o percentual é de 31%.
Em relação a problemas de ordem psicológica, os mais afetados são estudantes, com 22% respondendo que apresentam quadro de depressão causado pela pandemia. A mesma resposta foi dada por 9% dos técnicos administrativos. A UFC tem intensificado ações que buscam auxiliar a comunidade interna e externa à instituição a lidarem com esse período de quarentena. Uma delas é o plantão psicológico on-line gratuito, que é uma iniciativa do Laboratório de Estudos em Psicoterapia, Fenomenologia e Sociedade (Lapfes), ligado ao Departamento de Psicologia.
Já o Projeto Integrado de Pesquisa e Extensão em Perda, Luto e Separação (PLUS+), do Departamento de Enfermagem (DENF), tem mantido atendimento de modo virtual, por meio de videoconferências, chamadas de voz e mensagens por WhatsApp, com orientações sobre autocuidado para pessoas em situação de perda, luto e separação, problemas acentuados com a crise da COVID-19.
”Ninguém ficará de fora e daremos o máximo acolhimento às diferentes demandas e cenários para garantir a saúde da comunidade acadêmica e a qualidade do ensino, pesquisa, extensão e gestão da Universidade Federal do Ceará”, sustenta o reitor Cândido Albuquerque.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC – e-mail: ufcinforma@ufc.br
Notícia original (com adaptações): http://www.ufc.br/noticias/14666-ufc-divulga-resultados-das-pesquisas-sobre-a-situacao-da-comunidade-universitaria-na-pandemia